Tutoriais da Printi: por que utilizar esse recurso?
Publicado em 18/04/2024
Equipe Printi
O tutorial é uma ferramenta que ajuda na aprendizagem e produção de qualquer tarefa, nos mostrando como fazê-la de uma maneira didática e clara. Esses tutoriais têm como objetivo principal ajudar, com dicas ou passos o leitor a melhorar algum processo ou aprender algo novo.
Quando você utiliza os tutoriais da Printi - disponíveis em nossos site - você evita erros, retrabalhos e garante o sucesso do seu produto.
Tutoriais da Printi, como funcionam?
Ao acessar nossa página de tutoriais você encontrará um mundo de informações ricas sobre os produtos e direcionadas para a montagem de arte em cada software.
Muitas vezes nos deparamos com necessidades um pouco mais avançadas do que nossas habilidades e para isso a Printi fez o tutorial de cada produto: para que você tire o máximo proveito das explicações e chegue ao resultado final perfeito.
Fizemos uma lista de conteúdos para te ajudar a entender como fazer a montagem do seu arquivo. Você pode acompanhar aqui ou, se preferir, ter a informação que deseja direto no site.
Formato de papel
O papel pode ter diversos formatos, gramaturas e texturas. A série A do padrão ISO 216 é o mais comum no que diz respeito a formatos de folhas de papel. Na Printi, seguimos este padrão para os formatos finais dos nossos materiais.
Se você unir duas folhas A4, obterá uma folha A3 com exatamente o dobro da área. Assim, é possível imprimir uma folha A3 em uma folha A4 sem perda de proporção. Partindo de uma folha A0, podemos dividi-la em duas folhas A1, que têm exatamente a metade da área, e assim por diante, até o tamanho A10.
Na Printi trabalhamos com vários formatos de folha, inclusive folha inteira. Vale lembrar que a escala segue em ordem decrescente, e por isso é bom compreender que quanto menor o número ao lado do A, maior será o papel.
Lembre-se: o padrão ISO 216 não é o único a determinar formatos. Para não errar o formato de seu pedido, use nossos gabaritos e evite transtornos e alterações na arte.
Formato aberto e fechado
A diferença entre “formato aberto” e “formato fechado” costuma gerar muita divergência na hora de solicitar o produto.
De modo simples, o formato aberto é o material antes de receber acabamentos (principalmente a dobra). Já o fechado é o formato do material ao final da produção, após dobras e acabamentos.
Um exemplo para compreender essa diferença é comparar um folder com duas dobras no formato A4, tanto aberto quanto fechado:
Formato aberto A4 - Ao trabalhar com formato aberto, o formato A4 aparece no começo do processo, antes de ser dobrado e fechado. Ou seja, o formato fechado não é o A4, mas o conhecido “DL” (100mmx210mm).
Formato fechado A4 - Neste exemplo, o formato aberto não é o A4. O processo de dobras fará com que o material adquira o formato A4 quando estiver fechado. Começamos com um material 3 vezes mais largo que o A4 e terminamos no formato fechado A4.
Lembre-se: ao fazer sua cotação na Printi, utilize o formato fechado do material como referência e sempre preste atenção ao formato orçado. Baixe os gabaritos disponíveis no site em caso de dúvidas sobre formatos e dobras.
Folhas e páginas
No vocabulário gráfico, as palavras “lâmina”, “folha” e “página” possuem significados específicos. O termo “página” corresponde a cada face do papel capaz de receber impressão. Podemos dizer que cada lado de uma folha tem uma página, ou seja, duas páginas por folha (frente e verso).
Mesmo quando não impressas, essas páginas pertencem ao material. Veja o exemplo abaixo:
Todo face deve ser considerada como página. De forma prática, em um material, seja folder, revista ou livro, devemos contar as páginas como cada lado de cada folha. Se o material possuir 20 páginas, ele terá 10 folhas, por exemplo.
Como vemos acima, toda folha possui frente e verso, ambos capazes de receber impressão. A frente é a página ímpar e o verso a página par. Cada folha do material possui duas páginas, mesmo que estas não tenham sido impressas.
Lembre-se: quando nos referimos à quantidade de páginas de um material incluímos a frente e o verso de todas as folhas, inclusive capa e quarta capa. A imposição correta das páginas do seu material é feita pela Printi.
Lâminas
Chamamos de lâmina toda folha de papel que compõe um material gráfico em seu formato aberto. Um catálogo, por exemplo, possui várias páginas e sua montagem só é possível ao dobrar várias lâminas e juntá-las por meio do grampo. As imagens abaixo ilustram o processo:
O exemplo acima ilustra o processo de montagem de um caderno a partir de uma lâmina impressa e dobrada. A junção de 3 lâminas pelo grampo cria o caderno. Neste caso, o caderno tem 12 páginas, 6 folhas e é composto por 3 lâminas. Cada folha tem duas páginas e se parássemos por aí obteríamos como produto final um folder de 4 páginas.
Lembre-se: a montagem de várias lâminas forma um caderno e só é usada em materiais grampeados ou costurados, como brochuras, livretos, catálogos, por exemplo, com a união de vários cadernos podemos montar os mesmos produtos com lombada quadrada.
Sangria e Margens
Após o processo de impressão, o material é cortado (“refilado”) no tamanho correto. Devido ao processo, o corte pode sofrer uma variação de até 3mm. A forma correta de lidar com essa variação é usar a sangria no documento.
“Sangrar” significa fazer a arte ultrapassar o limite do formato final. Todo elemento que faz contato com as bordas (limites do material) deve ser sangrado, ultrapassando em 3mm a borda da página. Da mesma forma, deve-se adicionar uma margem de segurança interna de 3mm para impedir que informações importantes, como textos e logos sejam cortadas.
Repare nas faixas coloridas que ultrapassam as marcas de corte do material. Veja também como o texto respeita a margem de segurança. Dessa forma, mesmo que haja variação no corte, sua arte não será comprometida.
Lembre-se: evite rasterizar (converter em bitmap) todo o seu arquivo, incluindo fontes, imagens e vetores. Isso impossibilita correções durante a pré-impressão e prejudica a resolução. Procure salvar seu arquivo em PDF/X-1A a partir de um software vetorial.
A impressão CMYK
Um dos processos de impressão utilizados pela Printi é a impressão offset. Nesse processo, a cor é formada pelo método que faz uso de pequenos pontos (retículas) de cor para atingir as tonalidades possíveis, variando entre diâmetro (tamanho) dos pontos e o espaçamento entre eles. Esse método causa uma ilusão de ótica, fazendo com que o cérebro identifique as cores de acordo com os espaços e tamanhos dos pontos.
Abaixo, temos uma ilustração ampliada do reticulado para porcentagens de preto: a transição de cinza para preto é possível através da variação do tamanho dos pontos. As tonalidades mais escuras são atingidas com o aumento dos pontos e a consequente diminuição dos espaços brancos.
Para o colorido, o processo é o mesmo usando o modo de cor CMYK (Ciano, Magenta, Yellow e Key color - o preto). Veja abaixo uma ilustração de como chegar a cores similares usando diferentes porcentagens:
Para a impressão da cor, as retículas são posicionadas em um determinado ângulo. Com a união dessas quatro cores principais é possível gerar um vasto número de cores, bastando mudar suas relativas porcentagens (tamanho dos pontos), além de seus espaçamentos.
Lembre-se: na impressão em CMYK (cromia) as cores finais são compostas pelas quatro cores principais.
O Preto no CMYK
Como acabamos de analisar, pela união das quatro cores principais é possível compor uma enorme gama de novas cores. Ao misturar grandes quantidades destas quatro cores, nos aproximamos do preto.
Sendo assim, por que existiria a cor preto? A razão é que haveria um gasto desnecessário de tinta e certos papéis de gramatura baixa (mais finos) não teriam resistência para um volume tão alto de tinta.
Veja abaixo uma ilustração de como chegar a cores similares usando diferentes porcentagens:
A primeira composição une 100% de cada cor (300%) para chegar ao cinza. Já na segunda composição, obtemos uma cor semelhante, porém pura, utilizando apenas 90% de preto. O resultado da cor é muito próximo, mas o uso de tinta é muito diferente.
Recomendamos que seja configurado com 30% de ciano, 10% de magenta, 10% de amarelo e 100% de preto (C30 M10 Y10 K100). Esse tipo de combinação é geralmente chamada de preto chapado ou preto rico.
Lembre-se: para vetores e textos trabalhe sempre com o preto puro (K 100%) e utilize preto chapado apenas para fundos e áreas grandes. Assim, a fidelidade e integridade de todas as cores impressas é preservada.
Cores Especiais
Cores especiais, como a escala Pantone, em sua maioria não são o resultado da mistura CMYK. Elas são tintas únicas que permitem reproduzir a cor de modo fiel.
Essa escala é um sistema de cor mundial que utiliza códigos para representar as cores e não gera dúvida sobre os tons, pois cada tonalidade é representada por um código único.
Às vezes, a cor Pantone pode ser simulada em CMYK. Nesses casos, existe uma composição CMYK equivalente à cor Pantone, como ilustra a imagem abaixo, porém o resultado não é 100% fiel.
RGB
A luz branca é composta por três cores puras: vermelho, verde e azul (Red - Green - Blue). Tais cores geram o modo RGB e quando dividido em 255 níveis, pode gerar mais de 16 milhões de combinações de cores. O modo de cor RGB é usado principalmente para a produção de arquivos destinados à mídia digital (telas e monitores).
Programas para bitmap utilizam o modo RGB como padrão para representação dos pixels. Por ser luz e não tinta, o RGB não pode ser usado para impressão. Ao converter uma imagem de RGB para CMYK, sempre haverá certa perda na fidelidade de cor, pois o RGB tem um número muito superior de combinações de cores.
Ao unir todas as cores no RGB, temos como resultado a cor branca. Isso se aplica apenas para exibição em tela pois não é possível compor o branco na impressão com tinta (CMYK). Ao trabalhar no modo RGB invertemos a lógica de impressão: enquanto no CMYK temos o papel branco e usamos as cores para chegar ao preto, no RGB o processo é inverso.
Lembre-se: ao finalizar sua arte, verifique se há elementos em RGB ou Pantone. Uma escala de cores mostrará a equivalência no CMYK. Para imagens específicas, use programas como o Adobe Photoshop para fazer a conversão.
Bitmap e Vetor
Imagens e elementos ilustrativos são indispensáveis para uma boa peça gráfica e podem ser de dois tipos: vetor ou bitmap. O bitmap é um conjunto de pixels (pontos) que carregam uma informação de cor e é formado pela união desses pixels.
A resolução, em DPI ou PPI, mede a qualidade e nitidez de um bitmap. DPI (dots per inch) significa pontos por polegada já PPI (pixels per inch) significa pixels por polegada.
Quanto maior o DPI ou PPI da imagem original, maior a definição e qualidade dessa imagem. Veja o exemplo abaixo:
No bitmap, os pixels na borda das imagens sofrem pequenas alterações de cor para suavizar o contorno. Acima, vemos um degradê com 10 pixels por polegada, e um outro com 300 pixels por polegada. A imagem que cada configuração irá gerar se encontra à direita. Uma má resolução (10 DPI) prejudica a nitidez da imagem.
Vetor
Os vetores são formas que têm suas informações de cor, dimensões, linhas e curvas armazenadas em equações. Essas equações são traduzidas para coordenadas e por sua vez, são visualizadas em desenhos que podem ter sua forma, cor ou tamanho alterados, sem agredir sua resolução uma vez que não são formados por pixels.
Acima vemos que o vetor é constituído de pontos (nós) que indicam onde se inicia e encerra uma linha. Suas curvas são configuradas por alças, que ao serem esticadas resultam em curvas diferentes. Já o bitmap é composto por pixels.
Lembre-se: a resolução de uma imagem reflete na qualidade visual do seu material impresso. Uma resolução inferior a 150 DPI/PPI pode deixar imperfeições evidentes. Sempre que possível, use vetores para textos e linhas.
Acesse nossa página de tutoriais e acerte na hora da impressão!
Publicado em 18/04/2024