Infinitas possibilidades: diferentes tipos de papéis para impressão e como usá-los

Seja na criação de materiais promocionais, convites elegantes ou qualquer outro item de papelaria, a escolha do papel certo é importante para um resultado excepcional nos projetos de impressão. Com uma variedade de tipos de papel disponíveis, desde os mais leves e delicados até os mais resistentes e texturizados, entender as características de cada opção é essencial para alcançar a qualidade desejada.

Para esse conteúdo, contamos com a experiência da Emilly Naranjo, proprietária da Uma Tipo e embaixadora da Printi, que trouxe detalhes sobre os diferentes tipos de papel e como você pode usá-los para aprimorar seus projetos de forma eficaz e criativa. Aproveite essa uma jornada pelo mundo dos papéis e suas infinitas possibilidades!

Uma Tipo: como surgiu o interesse pela área de papelaria?

Para conseguir explicar, a Emilly voltou alguns bons anos. "Tenho lembranças da época do ensino fundamental (eu tinha cerca de 11 anos), onde todo ano eu comprava uma agenda para me organizar! Anotava as datas de provas e entregas de trabalho da escola, consultas e exames…", recorda a fase.

E claro que não poderia ser diferente: o gosto pela organização e, principalmente, por organização em papel, já veio dentro dela. "Mais tarde, no ensino médio, comecei um curso técnico de Comunicação Visual (2013) e lá despertei mais esse meu lado artístico. Então comecei a virar a louca dos sketchbooks haha Amava comprá-los nos tamanhos e formatos mais variados e estava sempre rabiscando algo", revela a empreendedora.

Com isso, a Emi foi conhecendo marcas de cadernos artesanais, o que acabou despertando seu interesse em passar a sempre observar as costuras dos cadernos e livros. Então, no projeto de conclusão desse curso (2014), seu projeto foi uma coleção de cadernetas ilustradas com a temática MPB, em que ela desenvolveu as ilustrações das capas e produziu os cadernos do zero,  costurando-os a mão. "Ali percebi que gostei muito desse processo e e queria continuar fazendo isso! Foi quando, 6 meses depois (2015), decidi abrir minha primeira empresa. Onde produzia cadernos artesanais", traz à tona.

Ah, vale dizer que foi durante esse curso que ela descobriu o lettering! "Na época eu nem sabia que aquilo tinha um nome, só lembro que me encontrei muito, porque eu nunca fui muito boa com ilustrações, confesso haha então desenhar letras virou meu novo hobby", diz, relembrando o início da trajetória.

Alguns anos depois (2018), a Emi continuava com esse hobby e foi uma época em que o lettering estava bombando aqui no Brasil, então ela decidiu criar o perfil da Uma Tipo, que, a princípio, era apenas uma conta no Instagram que ela usava para compartilhar sua arte. Com o tempo, as encomendas foram surgindo e ela começou a fazer quadros, placas, flâmulas e até paredes personalizadas.

"No ano seguinte, eu já estava no terceiro ano da faculdade de Design Gráfico, já sabia que não queria trabalhar em agência, mas sim, empreender, e comecei a perceber que seria muito difícil levar duas empresas, afinal, seriam 2 sites, 2 feeds para criar conteúdo, tudo em dobro… Então veio a difícil decisão de fechar o perfil Caleidoscópio e seguir só com a Uma Tipo, que era o que me traria mais alegria fazendo! Nesse ano também decidi trancar a faculdade pra me dedicar 100% em empreender", justifica.

Em 2020, alguns meses após a pandemia começar, a empreendedora já estava meio cansada dos personalizados, afinal, tomava muito tempo de produção e impedia que ela conseguisse escalar seu negócio. "Primeiro criei um site pra Uma Tipo, até então era tudo por direct e WhatsApp, e lancei os primeiros produtos próprios (à pronta entrega), que foram canecas, mousepads, sketchbooks… todos com minhas artes estampadas", confessa.

Ali, a Emi percebeu que era exatamente aquilo que queria e que o personalizado realmente já não fazia mais sentido. "A partir de 2021 a Uma Tipo se tornou oficialmente uma papelaria <3", conclui.

Offset, couché e papel cartão: qual o cenário ideal para utilização de cada um?

Agora que você já conhece a história da Uma Tipo, que tal ir para dicas práticas? A senhora dona e proprietária da Uma Tipo trouxe algumas formas de utilização de três tipos de papel: offset, couché e papel cartão. Confere aí!

Offset

O papel offset é ideal para escrita, pois ele é mais poroso. Então é o mais adequado para folhas de cadernos, blocos de anotações… É o mesmo papel das folhas dos livros, por exemplo.

Couché

O couché já não é muito adequado para escrita! Ele é o papel utilizado nas capas dos cadernos, por exemplo. E muitas vezes ele é utilizado com aplicação de laminação, o que confere uma camada de proteção (por isso que se você respingar água no seu caderno, por exemplo, consegue secar e ele não é danificado). Aqui na Uma Tipo utilizamos bastante o papel couché nas faixas que utilizamos para embalar os produtos e também em alguns itens do unboxing, como os pôsteres.

Papel cartão

O papel cartão é indicado para projetos mais rígidos, já que ele é um papel mais durinho que o couché, por exemplo. Se você pegar uma folha de couché 250g e uma de cartão 250g, vai ver que a de cartão ainda assim é bem mais grossa. Aqui na Uma Tipo ele é utilizado em itens do unboxing, como marca páginas, card de agradecimento e também para os nossos combos de cartões, que são kits de cartões ilustrados que podem ser utilizados tanto para colar na parede, quanto para escrever uma cartinha e presentear alguém, por exemplo.

Arte e design: quais papéis são mais indicados para garantir a melhor qualidade de reprodução das cores e detalhes?

De acordo com a Emi, papéis com acabamento mais poroso, como o offset, podem não ter uma reprodução tão “vívida” quanto em papéis mais lisos, como o couché, o cartão, o papel fotográfico… Ou seja, cada projeto deve fazer uma profunda análise para definir sua linha de papéis. "Quando se trata de projetos comerciais, como panfletos ou folhetos, para oferecer durabilidade e uma aparência profissional o couché é o mais indicado, sem dúvidas. A laminação vai auxiliar, e muito, na durabilidade, assim como em passar essa tal aparência profissional. E a gramatura também influencia bastante… Acredito que, quanto maior a gramatura, maior a percepção de valor daquele material", confere sobre sua experiência no universo de papéis.

Mas, além dos tipos, outros fatores devem ser levados em conta no momento de decisão sobre o material ideal para um projeto de impressão. "Deve-se considerar, principalmente, a finalidade e a qual tipo de público aquele material se destina. A partir disso, é possível definir o tipo de papel, a gramatura, se haverá algum acabamento especial…", recomenda.

Substrato e gramatura

https://www.youtube.com/watch?v=Sh7F_xZ4WnY

O cuidado com substrato e gramatura também é de extrema importância conforme a finalidade do projeto. "Por exemplo, o substrato ideal para um marca páginas é o papel cartão, já que ele precisa ser algo mais rígido e, se possível, com laminação, já que também precisa ser um produto com boa durabilidade, né? Um panfleto daqueles que a gente recebe andando na rua, pode ser em um couché de uma gramatura menor… ele não precisa de toda essa 'produção', afinal, não podemos negar que, muitas vezes ele acaba indo para o lixo", expõe.

"Já, por exemplo, aqueles folders de venda de apartamentos que geralmente recebemos no carro quando paramos no farol, quase sempre é um material mais 'nobre'. Ele possui uma gramatura maior, dobras, muitas vezes, laminação… que são coisas que aumentam muito a percepção de valor, como disse anteriormente"

Depois dessa aula da Emilly, não poderíamos deixar de perguntar qual é o substrato queridinho da empreendedora. "Ai, que difícil hahaha posso escolher 2? Offset e couché! São os 2 que mais utilizo", declara.

Agora que você já conhece as infinitas possibilidades dos diferentes tipos de papéis para impressão e como usá-los, acesse o site da Printi e aproveite!