Design minimalista: sua história e dicas práticas
Design minimalista é um dos movimentos de design mais importantes do século 20 e início do século 21. Não é o mais popular, mas sem dúvida penetrou em mais campos do que qualquer outra arte ou tendência de design: carros, filmes e jogos, aplicativos, na web e em projetos visuais. Você pode não saber o que é minimalismo, mas as chances de você estar convivendo com ele é grande: um telefone moderno, um site clean ou interface do aplicativo, um livro ou outras informações graficamente apresentadas e assim por diante.
O conceito de "mais é menos"
Publicado em 18/04/2024
Equipe Printi
Design minimalista é um dos movimentos de design mais importantes do século 20 e início do século 21. Não é o mais popular, mas sem dúvida penetrou em mais campos do que qualquer outra arte ou tendência de design: carros, filmes e jogos, aplicativos, na web e em projetos visuais.
Você pode não saber o que é minimalismo, mas as chances de você estar convivendo com ele é grande: um telefone moderno, um site clean ou interface do aplicativo, um livro ou outras informações graficamente apresentadas e assim por diante.
A razão pela qual o minimalismo penetrou em tantos campos é menos conhecida do que a arte pop, por exemplo, pelo fato de ser mais um princípio do que um estilo visual. Não é chamativo, mas é mais influente e difundido.
Então, o que é um design minimalista?
O minimalismo é uma tendência de design que começou no século 20 e continua até hoje e ganhou maior destaque a partir da implementação do Windows 8, que também utiliza o conceito de flat design.
Um design minimalista é um projeto despojado com apenas elementos essenciais. O arquiteto Ludwig Mies van der Rohe definiu o estilo como “menos é mais” e o
designer Buckminster Fuller como “fazer mais com menos”.
Raízes do design minimalista
O design minimalista foi influenciado, especificamente, pelo movimento artístico De Stijl, arquitetos como Van Der Rohe e o design tradicional japonês.
De Stijl
Movimento artístico, que ocorreu na Holanda, entre 1917 e 1930. "De Stijl" significa "O Estilo" e incluiu pintores, escultores, arquitetos e designers. Tinha como base a simplicidade e abstração, reduzindo projetos apenas à sua forma essencial e cor e aderia apenas linhas horizontais e verticais; formas retangulares, retângulos e circulares; valores primários do branco, preto e cinza; e as cores primárias azul, vermelho e amarelo.
Além disso, os elementos não se interceptam, permitindo que cada um deles seja independente e não recobertos por outros elementos. Não é preciso muito esforço de imaginação para descobrir como o De Stijl influenciou o design minimalista.
Van Der Rohe
Ludwig Mies Van Der Rohe, arquiteto alemão que é considerado um dos pioneiros da arquitetura moderna. Seu estilo lançou as bases para um design minimalista. Ele projetou muitos edifícios históricos, incluindo o Crown Hall, em Chicago e Seagram Building, em Nova York. Ele popularizou o termo "menos é mais", que é uma das declarações de missão não-oficiais para o projeto minimalista.
Como com De Stijl, a conexão entre Van Der Rohe e o design minimalista é clara.
Design tradicional japonês
Adicionar apenas o que é necessário e retirar o excesso sempre foi o foco do design tradicional japonês. Se você olhar a antiga arquitetura japonesa e design de interiores, você vai ver que havia poucas flores, opções de cores e um design simples e linhas e formas limpas.
A cultura japonesa é baseada na simplicidade. Tudo a partir de como o alimento é preparado, a forma como ele é apresentado, a maneira certa de comê-lo, as cerimônias de chá e jardins de pedra - todos colocam o foco na simplicidade e foco para a atividade em questão.
Naturalmente, os designers minimalistas foram influenciados pelo design tradicional japonês.
A história do design minimalista
O estilo minimalista iniciou no século 20 com a arquitetura, em 1920. Após a Primeira Guerra Mundial, o arquiteto Van Der Rohe foi um dos primeiros arquitetos de destaque que usaram seus princípios. A tendência continuou até a metade do século 20, com o designer e arquiteto Buckminster Fuller que projetou cúpulas usando formas geométricas.
O foco na simplicidade foi inserido na pintura, design de interiores, moda e música. A arte minimalista cresceu, especialmente, na década de 1960 nos Estados Unidos. Semelhante ao De Stijl, pintores reagiram contra a arte abstrato-expressionista e usavam apenas as formas geométricas elementares sem adicionar decorações ou quaisquer outros elementos.
Naturalmente, o foco na simplicidade também transbordou em produtos de consumo, com o design gráfico e web design.
Designers influentes
Havia muitas pessoas fazendo design minimalista, mas como com qualquer tendência ou movimento, algumas figuras eram mais proeminentes e influentes. Duas figuras-chave no design minimalista foram Buckminster Fuller e Dieter Rams.
Uma abordagem prática do design minimalista
- Menos é mais: utilizar apenas elementos necessários para identificação.
- Omitir informações desnecessárias: não inserir elementos desnecessários
- Subtrair: remover elementos até que o projeto pare de funcionar da maneira como deveria. Um passo antes é o ápice do design minimalista.
- Cada detalhe conta: as informações são vitais. Os detalhes vão criar sentimentos e sensações ao público final.
- Cor: usar apenas as cores que interagem bem e criam sensações.
- O espaço em branco é vital: não preencher todos os espaços.
- Tipografia: escolher as limpas, fontes simples com um alto nível de legibilidade, como as fontes sans serif (sem serifas)
- Alinhamentos: um arranjo legível e agradável do conteúdo
- Contraste: maior contraste pode melhorar drasticamente a legibilidade do design
Publicado em 18/04/2024